Ninguém discordará que segurança é uma questão fundamental na política corporativa, mas é possível criar uma políticia de gerenciamento de segurança com boa relação custo-benefício e ao mesmo tempo atender às necessidades dos funcionários? Descubra a seguir e conheça os pilares de construção de uma política com abordagem abrangente que contempla todas as bases.
Por que segurança é importante?
É tentador ver a segurança como um tópico bastante comum e praticado - um tema que é dado como certo na estratégia corporativa, mesmo no mundo da gestão de frotas.
No entanto, uma rápida olhada no número de fatalidades e acidentes revela fatos impressionantes. A campanha Maio Amarelo 2021, que conscientiza sobre a segurança no trânsito no Brasil, divulgou que em 2019 o último número de mortes ocorridas no Brasil foi de 31.945 vidas perdidas. Entre números alarmantes e o fato de que, globalmente, mais de um milhão de pessoas morrem nas estradas a cada ano e que acidentes fatais e não fatais mexem com à economia global, é claro que criação e a implementação de programas de segurança representa um investimento vital e não um custo.
Elementos de uma política de segurança
Ao criar qualquer política de segurança, vários elementos devem ser levados em consideração. O foco maior deve ser nas conformidades (compliances), como a verificação da licença dos condutores e sessões de treinamento de direção defensiva e corretiva. Dados indicativos, como consumo de combustível, multas, quilometragem, relatórios de visita, devem ser priorizados e fazer parte da rotina analítica do gestor de frota, e se você possuir telemetria nos carros, terá dados ainda mais valiosos como como acelerações bruscas, frenagens bruscas e altas velocidades.
Na ALD Automotive sugerimos uma abordagem de quatro frentes para a criação de uma estratégia de segurança, que por sua vez olha para sistemas avançados de assistência ao condutor comportamento do motorista, risco e gerenciamento de seguro e política de combustível, todos os quais podem ter um impacto significativo no TCO / TCM.
Sistemas avançados de assistência ao motorista
Primeiro, nos concentramos no próprio veículo. Os sistemas avançados de assistência ao condutor podem ajudar de várias maneiras, desde o controle de velocidade até fornecer as informações certas onde você quiser por meio de um display head-up (HUD), enquanto câmeras e detectores inteligentes monitoram pontos cegos e sensores ou alertam sobre colisões frontais.
Os benefícios incluem reduções nas taxas de sinistros, especialmente no que diz respeito a colisões, danos à propriedade ou lesões corporais. O risco de distração do motorista - o fator número 1 em acidentes - é significativamente reduzido.
Os sistemas de assistência ainda não são tão populares no Brasil por terem um valor de compra mais elevado, mas já podemos encontrar produtos e iniciativas em pleno desenvolvimento para incentivar o crescimento do seu uso.
Comportamento do condutor
Nosso segundo foco está no comportamento do condutor. Telemetria, alertas no veículo e treinamentos podem se combinar e serem aliados indispensáveis para aumentar a segurança. Investir em estratégias e ferramentas para educação e conscientização do comportamento do condutor apresenta a maior relação custo-benefício.
Seguro e gestão de risco
O terceiro pilar da nossa abordagem envolve o uso de apólice de seguro e gestão de risco. Considerações de política preventiva, como isenção de danos, motoristas adicionais, entre outros.
Política de combustível / energia
O quarto e último foco envolve a política de combustível, onde o monitoramento e, em última instância, o nivelamento do combustível desempenham um papel importante. A correlação entre o comportamento do motorista e o consumo de combustível tem um impacto direto no custo do combustível e é um tema quente com o surgimente de outras formas de carregamento alternativo como o elétrico.
Portanto, uma política de combustível bem equilibrada com medidas preventivas (perfil do motorista, monitoramento de combustível / energia) e repressivas (limite de combustível) pode gerar economias substanciais com o componente combustível / energia do TCO.
Implementando a política
Qualquer programa de segurança deve ser gerenciado cuidadosamente com as partes interessadas e funcionários. Deve se basear em percepções coletadas não apenas pela análise de dados, mas também por fazer as perguntas certas a todas as partes interessadas envolvidas. Em seguida, as metas precisam ser definidas em torno de cada um dos quatro elementos. As metas devem ser ambiciosas, mas realistas, com foco em marcos alcançáveis de curto e médio prazo.
A implementação envolverá políticas, recomendações, treinamentos e comunicação transparente. E, por fim, a política deve ser monitorado e aprimorada, com os dados apresentados a um órgão encarregado de zelar pela segurança.
Fontes e referências:
https://www.aldautomotive.com/about-ald-automotive/news/mobility-blog/article/are-you-ready-to-invest-in-safety
http://www.maioamarelo.com.br/